sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Vai ficar tudo bem

      Desde que me mudei para o Texas com meu marido, tem sido muito difícil arrumar um trabalho que eu realmente me identifique, que eu me sinta realmente útil. Eu amava trabalhar na creche em Washington D.C (mesmo levando 1 hora de ônibus pra chegar até lá). Era uma empresa muito boa pra mim, e eu sabia que era boa no que eu fazia e fazia isso com amor. Eu me divertia com meus colegas de trabalho e os "meus" bebês.
      Minha vida social, por outro lado, não era tudo isso, e não era de perto como era no Brasil. Quando era Au Pair, eu tinha sempre aquele grupo festeiro e encontros, mas com o tempo você vê as pessoas queridas irem embora. O grupo vai mudando e você… ficando.
      Apesar de amar Washington D.C nunca me senti “aceita”, não por culpa dos outros, acho que foi culpa minha mesmo. Essa transição de solteira para casada, de babá para professora, de intercâmbio pra residente. Me perdi em algum lugar no meio do caminho. Meus amigos do Brasil se afastaram e sentia a pressão de ter que fazer novos amigos aqui. Eu era a esposa. A babá. Aquela outra au pair que também ficou… Onde eu me encaixava no meio disso tudo? Nem eu sabia. Eu sentia que as pessoas se relacionavam comigo porque elas precisavam, e não porque elas queriam. Uma intrusa. Eu estava sempre preocupada em agradar todo mundo, pois precisava ser "aceita". Me vi na posição em que ainda não me sentia parte daqui, mas também,  não fazia mais parte do Brasil.
      Quando comecei a aceitar minha nova realidade as coisas começaram a se ajeitar, estabeleci uma rotina e tudo parecia estar indo bem. Fiz alguns colegas que eu saia de vez em quando. Aí vem a novidade: Vamos mudar para o Texas. “Mais uma mudança, vai começar tudo de novo”, pensei.
      Texas é bem diferente de D.C. Onde estou morando agora é mais aberto, você consegue olhar para o céu e ver o horizonte ao invés de prédios para todo os lados. O verão aqui é mais duradouro (para meu sofrimento, rs) e as pessoas parecem que andam na rua em outro ritmo: mais tranquilo. Moro numa pequena cidade universitária, a universidade aqui é uma das melhores do país. Vejo muita gente jovem pelas ruas. E sim, há vacas e cavalos em todo lugar. Tem um pasto do lado do meu condomínio e só moro há 5 min do centro. Onde eu moro não há tantos mexicanos como eu havia imaginado que teria. E as pessoas são muito simpáticas. O "salário" mínimo aqui é menor que em D.C, mas o custo de vida também é mais baixo.
      Como havia dito anteriormente, aqui tem sido mais difícil de arrumar trabalho. Eles dão preferência para os estudantes da universidade e pessoas já formadas (viu crianças, estudem). Aqui também é menor que Washington D.C. Todas as opções de trabalho que tenho, pelos meus anos de experiência e ótimas recomendações, são relacionadas a cuidados com crianças. 
      Já havia algum tempo que eu queria sair dessa área e queria me aventurar em algo novo, uma carreira, por exemplo, mas tem sido muito difícil. Com tanto tempo ocioso é fácil se pegar em momentos de tristeza e solidão, Minha mãe já dizia: "cabeça vazia, oficina do Diabo". Não, me entendam mal, mudança é ótima! Mas quem disse que era fácil? O começ foi muito difícil e a gente ainda sente muita falta de D.C
     Apesar da falta de emprego e da nossa adaptação a cidade, Texas tem me surpreendido de uma forma positiva e isso tem me ajudado muito a me sentir mais em casa. Aqui eu sou só: Laiana. Como meu marido não fazia parte de nenhum grupo de amigos aqui, a gente tem conhecido novas pessoas, juntos. E aquele sentimento de eu ser "A intrusa", passou. Os amigos do meu marido em Washington DC sao pessoas maravilhosas, mas eu sempre sentia que se não fosse por ele, eles nunca seriam meus amigos.
       No final das contas, essa minha "crise" fez renascer algo que estava a muito tempo adormecido dentro de mim. Estou usando meu tempo livre para estudar e fazer novos amigos. Ás vezes, tudo parece uma bagunça, e a gente só precisa ter calma e fé. Mudanças por mais duras que sejam, sempre trazem uma lição de vida.
  E no final, eu não me preocupo mais, eu sei que tudo vai dar certo.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Nos mudamos para o Texas



Ola!!!

 Gente, nem acredito que agora eu moro no Texas. Não vou mentir, eu tinha lá meus "pré-conceitos" sobre o estado. Eu achava que as pessoas daqui seriam rudes e mudar pra cá me mostrou o contrario.  Sei que ainda preciso de mais tempo e que o estado do Texas eh enorme, mas ate agora nossas experiencias tem sido super agradáveis e amigáveis.
  O Tom e Eu vinha conversando sobre outras opcoes para morar, Washington D.C eh uma cidade muito fria, fora a umidade excessiva no verão e o tempo muito seco no inverno. A gente assiste muitos shows de home improvement e um deles se chama Fixer Upper,  ele consiste em um casal que procura por casas em mau estado e transformam as casas de acordo com o perfil dos seus clientes. Enfim, o show se passa no Texas, mais espeficicamente na região de Waco. Quando conversávamos sobre a possibilidade do Tom aplicar para alguns trabalhos, o amigo dele que nem sabia da nossa vontade de se mudar para o Texas, o contatou e disse que a faculdade onde ele trabalha estava abrindo vagas e que ele tinha o perfil que eles estavam procurando. Meu marido aplicou e foi chamado para trabalhar na faculdade.
  Logo que chegamos aqui, conhecemos um casal super legal: a Carol e o Mitchell. Acho que foi tudo o que precisávamos. Um casal que, assim como a gente, gosta de sair, curtir, beber, comer e se divertir. E o mais importante: Eles entendem por tudo que a gente passa. A Carolina, assim como eu, eh brasileira, e o Mitchell eh americano, assim como meu marido. Ter um outro casal, que passou pelo processo do Green Card, que foi ao Brasil depois do casamento, etc trás uma sensação de que você não esta sozinha. Ela me convidou para um grupo no Facebook de brasileiros, aqui da região. E pelo grupo eu e meu marido nos inscrevemos para participar de um trabalho voluntario que a faculdade oferece para os moradores da cidade. Consiste de estudantes, funcionários e acompanhantes ajudem a comunidade, como um retorno, pela comunidade ajudar a faculdade e a cidade de alguma forma. Nos inscrevemos exclusivamente no grupo de brasileiros, porque assim, ficaria mais fácil para eu me enturmar e fazer amigos. E foi um dia muito bacana. Nos encontramos com esse grupo de brasileiros, fomos ao sítio do casal que nós iriamos ajudar e tivemos um dia produtivo. O casal que nos ajudamos são idosos e muito bacanas, voltamos na semana seguinte para uma confraternização da igreja que eles fizeram no sitio. E essa semana recebi uma mensagem de texto muito carinhosa deles nos convidado para um jantar.
  Em dois meses que estamos morando aqui, estamos conhecendo muitas pessoas, e a diferença eh que eles estão nos conhecendo como um casal, e muitas pessoas que conhecemos são brasileiras. Encontro brasileiro no supermercado, no cabeleireiro, no bar, e eu não sou mais a nova imigrante integrante do grupo, eu e meu marido SOMOS o grupo agora, e as pessoas que estamos conhecendo sao apenas outras pessoas. Estou tendo mais contatos com brasileiros, com amigas, indo mais pra rua, batendo perna, indo em lojas, coisa que nem fazia no caos de Washington D.C.
  A vida aqui esta indo bem, obrigada ;)



Foto do evento que fizemos parte com alguns brasileiros
 

terça-feira, 15 de março de 2016

Casamento no Brasil, como foi, deu certo ?


 Oi, Genteee, tudo bem ? apesar da falta de acentuacao do meu teclado (eu consegui arrumar algumas palavras colocando no google e usando ctrl+c, ctrl+v), estou aqui para dar algumas dicas para quem vai fazer casamento em outro país ou no Brasil mesmo.
 Preparar um casamento por si só já eh estressante, fazer um casamento em outro pais ainda mais. Eu comecei a preparar meu casamento assim que fiquei noiva, em Outubro de 2014 e meu casamento inicialmente seria em Agosto, depois mudou para Setembro, e por questões pessoais mudamos para Outubro de 2015.
 Nosso casamento foi pequeno, convidamos 120 pessoas e muitas nao foram. Mesmo assim a cerimonia foi linda e a festa super animada.

 Eu usei aquele aplicativo para celular do Casamentos.com para ajudar a me organizar com o que eu precisava ver primeiro, organizar pagamentos, valores e ate para pesquisar fornecedores. Tentei ter pelo menos 3 opcoes de cada fornecedor. Comecei pelo lugar onde seria a cerimonia e a festa, depois foi vestido, lua-de-mel, "buffet", bebidas, decoracao, fotografia, DJ e iluminacao, doces e bolos, cabelo e maquiagem. Fiz todos os meus contatos por e-mail e caso eu gostasse das respostas eu marcava skype para tirar duvidas e conversar sobre detalhes.

 Em caso de alimentos e bebidas eu sugiro que tenha alguem de confianca que conhece seu gosto, que fique disponivel para fazer as provas de comida e bebidas para voce.

Segue algumas dicas pra ver se ajuda:


Dica 1: Contratar uma assessoria:

Olha vou ser muito sincera, quem puder contrata uma pessoa ou empresa para ver tudo pra você, exemplo: local da festa, decoração, contato com fotógrafos, bebidas, DJ etc.. faca! Alem deles possuírem descontos com muitos fornecedores, eles ainda fazem a parte chata e burocrática, tentam fazer o máximo pra ficar a sua cara, manter tudo dentro do seu orçamento e te guiam por todo o caminho. Eu achei que eu poderia economizar e não contratar alguém pra fazer esse tipo de serviço, afinal, meu casamento seria pequeno e quis fazer por mim mesma, e foi o meu primeiro erro. Tudo teria sido muito menos estressante se eu tivesse alguém te confiança pra me ajudar.

Dica 2: Agrade a si mesma e ao seu marido:

 Esse dia eh seu e do seu marido. Faca o casamento do sonho de voces. As vezes com a distancia a gente abre mao de algumas coisas e acaba cedendo no gosto de outras pessoas para poder agradar todo mundo. Mas lembre-se e faca questao de lembra-los que esse dia eh SEU ou voce vai casar e ter aquela senssacao de "faltou alguma coisa".

Dica 3: Casamento internacional deve ser avisado com muita antecedência:

Nos já falávamos do nosso plano de casar no Brasil desde que ficamos noivos, e deixamos nossas famílias e amigos próximos saberem com antecedência. Entregamos os convites no EUA em Abril, para nosso casamento que seria apenas em Outubro. No Brasil os convites foram entregues em torno de 2 meses antes. As madrinhas e padrinhos foram avisados no começo do ano para dar tempo de ver roupas e passagens.

Dica 4: Se prepara para imprevistos, tenha uma quantia extra guardada

 Imprevistos acontecem, aconteceu comigo e pode acontecer com voce. De ultima hora tive que mudar o lugar da festa e alugar um espaco fechado.

Dica 5: Cerimonia em Inglês ou Português?

 Como todo casamento inter-racial, o idioma e a pior barreira para os convidados. Como a maioria dos nossos convidados eram Brasileiros, decidirmos fazer a cerimonia em Português. Para que os convidados americanos não ficassem sem entender nada decidi fazer livrinhos com tudo traduzido do português para o inglês e do Inglês para o Português. Esses livros também serviriam de lembrança para quem quisesse levar embora e ter nossa cerimonia e votos guardados. Infelizmente, perderam a maioria dos livros e os poucos que sobraram foram durante a cerimonia, mesmo quando eu havia pedido para serem distribuídos antes da cerimonia (falta de tempo não foi, pois eu entrei atrasada).
 
PS: ha também quem prefira fazer tradução simultânea, eu não quis pois teríamos que parar toda hora pra pessoa traduzir, outra opção era fazer tradução simultânea com fones de ouvido para os convidados americanos, mas ficava fora do nosso orçamento.

Dica 6: Fazer ensaio:

 Soa bobo, mas isso teria nos organizado muito melhor. Infelizmente muitos dos nossos padrinhos chegaram no dia do casamento ou na noite anterior, assim como meu marido. Tentar coreografar tudo no dia não daria certo. Acabou que deu tudo certo, Gracas a Deus.

Dica 7:  Hospedagem dos convidados, informações etc:

 Eu fiz um site em inglês para os convidados que viriam dos Estados Unidos, la eu coloquei como chegar do aeroporto para a minha cidade, companhias para alugar carro, o mapa da minha cidade, pousadas etc... Cotei os preços e deixei tudo disponível pra eles. Também nos colocamos a disposição para ajuda-los. Independente se fosse para informações, reservas, pagamentos...
  No final, o mais barato foi alugar uma casa. Na verdade... 2. Foram alugados 2 sítios, praticamente um do lado do outro. Em um ficou a família do meu marido (pais, tios e irma) e foi onde fizemos o making-of do meu marido. No segundo sitio, ficaram os amigos dele.


Dica 8: Check-list em pessoa.

Chegue uns dias antes do casamento e contate todos os fornecedores. Va pessoalmente e prove, discuta, veja, olhe tudo que voce puder. Faca passo-a-passo de quem vai receber tudo, onde bolo, doces, bebidas ficarao ate a hora da cerimonia (deixaram meu bolo no lado de fora, em um dia quente de primavera e o bolo se desmanchou), passe o menu a limpo pessoalmente com a equipe de buffet e prove tudo (serviram o menu errado no dia do meu casamento). Saiba quem vai estar trabalhando e quantas pessoas estarao montando seu casamento, saiba quem vai montar o que, quem vai distribuir o que, quem vai receber o que, e etc...
 Tambem faca o passo-a-passo da ordem da cerimonia, recepcao, jantar, festa etc. Era pra ter alguem la segurando os convidados para eu poder tir tirar as fotos e voltar e fazer A CHEGADA, e abrir a pista de danca e passar cumprimentando todo os convidados. Porem, quando saimos os convidados me seguiram e comecaram a nos cumprimentar, perdemos a ordem de tudo. Mal tivemos tempo para as fotos num clima "mais romantico e pessoal", tudo por falta de organizacao da equipe de decoracao e buffet que contratei. Ate hoje escuto falaram mal do risoto de camarao (que nem estava no cardapio aprovado) da "agua de torneira", e das cervejas quentes servidos naquela noite. Ainda bem que tinha uma equipe maravilhosa de bar de caipirinha cheia de bebidas de graca pra destribuir pra galera, tinhamos shots de licores de diferentes sabores, de Guararema, tivemos otimos doces, otima musica e uma equipe muito animada de fotografos. Sem contar nos convidados maravilhosos que nao deixaram a festa desanimar e dancaram ate o ultimo minuto. A falha pode ter existido, mas foi insignificante perto da minha muralha de amor.



Video do meu casamento





Fiquem com algumas fotos do nosso dia:

































Indicacoes:


BAR:  Open Bar de Caipirinha e espumante:

 MobDrinks. (Sao Paulo e regiao)

Som & Iluminacao: 

Dj Juninho (Jacarei e regiao) Para contato, deixe no comentario

FOTO & VIDEO: 

432 produtora

Cabelo e Maquiagem: 

Noiva Carol Maffei. ( Ela atende em Sao Paulo e regiao. Deixe comentario para contato.
Noivo Ronie Benitez ( Atende em Sao Paulo e regiao)
Algumas madrinhas Debora Gouw (Guararema e regiao)

Bolo:

Naomi Cake Design ( Mogi das Cruzes e Regiao)

Doces & Bem casado: 

V&V Bem casados e doces finos  (Sao Paulo e Regiao)

Aplicativo para celular: 

Casamento.com.br